Santo André, * *

Servidores rejeitam parcelamento de reajuste salarial de Serra e anunciam ato no dia 10 
Essa é a segunda proposta econômica rejeitada pela categoria feita pela Prefeitura ao Sindserv, que aumentou 1% em comparação a primeira, saindo de 6% para 7%, mas dividida em duas vezes.

Por: Viviane Barbosa, da Redação do Sindserv Santo André
Publicação: 23/02/2022

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Assembleia dos Servidores de Santo André - foto: Dino Santos


As negociações da Campanha Salarial dos servidores andreenses continuam emperradas.  Em assembleia do Sindserv Santo André, realizada na noite de terça-feira (23), os servidores e servidoras que trabalham em autarquias e nas secretarias rejeitaram por unanimidade o parcelamento do reajuste salarial feito pela Administração. O índice seria 3% em maio e 4% em setembro, considerado insuficiente pelos trabalhadores.

Essa é a segunda proposta econômica rejeitada pela categoria feita pela Prefeitura ao Sindserv, que aumentou 1% em comparação a primeira, saindo de 6% para 7%, mas dividida em duas vezes.

Outro item econômico reprovado foi o pagamento mas só em setembro da cesta básica, que passaria de R$ 110 para R$ 230.

Proposta causa indignação

Durante assembleia, os servidores demonstraram indignação e insatisfação com essa contraproposta do governo de Paulo Serra. O motivo é que o funcionalismo está um ano com os salários e biênios congelados devido à Lei Complementar 173 do governo Federal, e os servidores não pararam na pandemia de COVID-19, exercendo papel essencial na linha de frente no combate ao coronavírus.

“Essa proposta é uma vergonha. Estou há 32 anos no serviço público e só vi nesse governo esse modelo ‘casas bahias’, que quer parcelar todo acordo salarial. A gente não consegue parcelar a conta de luz, o gás e a água. Nossa reivindicação é o reajuste à vista para que possamos sobreviver e continuar prestando um serviço digno à população”, explica o Representante Legal do Sindserv Santo André, Durval Ludovico Silva.


Durval Ludovico Silva, Representante Legal do Sindserv Santo André - foto: Dino Santos
 

Reivindicação é 16% para repor as perdas inflacionárias

Os servidores lutam pelo pagamento da reposição inflacionária de 16%, que significa repor a inflação do período da data-base, ou seja, de maio de 2020 até 1º maio de 2022.  Segundo estudo do Dieese, o acumulado até este mês de fevereiro, que totaliza nove meses de inflação, está atingindo 14,53%, e até maio a defasagem chegará a 16,53%. 

Esse índice foi calculado com base no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE, sobre o poder de compra de acordo com o salário vigente.


Servidores e servidoras andreenses participam da Assembleia da Campanha Salarial no Paço Municipal, foto: Dino Santos

Dinheiro em caixa a Prefeitura tem

“A Prefeitura aumentou em 25% o IPTU, além disso subiu de 11% para 14% o desconto nos nossos salários da contribuição previdenciária e ainda confiscou R$ 10 milhões do nosso dinheiro do IPSA (Instituto de Previdência de Santo André) para ajudar na pandemia de COVID-19. Ao endurecer as regras para se aposentar, na nova lei previdenciária, Serra deixou de aportar no IPSA o valor de R$ 265 milhões durante os três próximos anos, os futuros prefeitos que irão pagar essa conta. Esse cenário mostra que a Administração têm condições em apresentar uma proposta de reposição inflacionária digna para todos os 15 mil servidores da ativa e aposentados”, explica Ludovico.

O Representante Legal do Sindserv ainda reforça que só com aumento do IPTU a Prefeitura obteve um aumento na receita líquida de 17%.

“A nossa reivindicação é de 16% e isso impactaria em menos que 3% nas receitas. Somos nós que mantemos o munícipio funcionando, atendemos os doentes nos hospitais, recebemos as crianças nas creches/escolas, atendemos os munícipes e o prefeito não quer reconhecer esse trabalho digno que os servidores oferecem na nossa cidade”, reforça Ludovico.


Foto: Dino Santos 
 

Mobilização nos locais de trabalho e pressão nas redes
 
Para pressionar e sensibilizar o governo Paulo Serra, os servidores andreenses aprovaram a realização de um novo ato público, assembleia e passeata no próximo dia 10 de março, a partir das 17h, no Paço Municipal. 

O Sindserv Santo André realizará durante a próxima semana panfletagens nos locais de trabalho para mobilizar os trabalhadores e orienta que os servidores divulguem nas lives do prefeito as hashtags #ReposiçãoDaInflaçãoJá e #ReajusteDignoParaServidores.


Professor Rodrigo Gomes, diretor do Sindserv Santo André - foto: Dino Santos 

"A Administração não irá entender outra linguagem se a gente não se mobilizar. Até a próxima assembleia, o governo terá tempo para o repensar a proposta. Contamos com apoio dos vereadores para sensibilizarem o Executivo. A Administração só vai começar a se mexer se nós fizermos a nossa parte: cruzarmos os nossos braços. No mundo das redes sociais de Paulo Serra está tudo bem, mas aqui no mundo real, dos servidores, todos nós sabemos como voltaremos para casa hoje", finaliza o diretor do Sindserv Santo André, professor Rodrigo Gomes. 

Negociação com Paço continua

O Sindserv Santo André enviou ofício na quarta-feira (23), informando sobre a decisão soberana da assembleia que rejeitou a segunda proposta econômica e reivindica a reposição inflacionária de 16%.

Com relação à negociação das pautas sociais, o retorno foi negativo. A Prefeitura não concorda em pagar o vale-transporte em pecúnia (dinheiro); rejeitou a reivindicação de estender o direito ao desjejum aos servidores administrativos, hoje só tem esse benefício os operacionais. 

Sobre a proposta de adotar o trabalho remoto (home-office) em alguns setores, a Administração informou que o servidor terá que usar suas condições e não terá nenhuma ajuda de custos.

Outro ponto negado pela Administração foi conceder aos demais servidores que possam fazer durante horário de trabalho curso de mestrado e doutorado -hoje apenas Educação tem esse benefício.

Os pequenos avanços foram no aumento das folgas abonadas que passariam de quatro para cinco, sendo que a folga natalícia se transformaria em abonada. A Administração sinalizou que irá reembolsar os GCMs sobre o exame toxicológico, mas não estenderá aos motoristas que guiam caminhões e carros.

E outro benefício, mas na realidade é um cumprimento de uma Lei Federal, é a licença de 14 dias para mãe que sofrer aborto não criminoso.  As negociações entre a Administração e o Sindserv Santo André continuam.




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